O JEJUM COMO RECURSO DA GRAÇA

O JEJUM COMO RECURSO DA GRAÇA

“Vai, e ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo  a lei; e, perecendo, pereço.” Ester 4:16

O jejum é um recurso da graça dado por Deus, para nossa santificação e muitas vezes alcançarmos vitórias, através da intervenção do Senhor em nossas lutas. Na palavra de Deus, o jejum é de grande importância, e está sempre ligado a fatos e decisões na vida de Israel e da Igreja, e podemos ver este exemplo no livro de Ester.

O império Babilônico havia caido e surge o império Medo-Persa como potência mundial da época, cumprindo as profecias com relação ao povo de Israel.

Uma primeira parte do povo já havia retornado com Zorobabel para Jerusalém para começar a reconstrução do templo.

Apesar do livro de Ester estar posicionado na bíblia depois de Esdras e Neemias, os acontecimentos do livro de Ester se deram quinze anos antes de Esdras, e aproximadamente trinta anos antes de Neemias voltar para Jerusalém.

Ester fora criada por seu primo Mardoqueu, pois seus pais haviam morrido. Ester é tipo da igreja fiel e Mardoqueu é tipo do Espírito Santo.

Por um plano do Senhor Ester vem a casar-se com o rei Assuero e torna-se rainha da Pérsia, porém havia um certo Hamã que possuía um alto cargo político, e por não gostar de Mardoqueu que não prostrou-se perante ele, elaborou um plano para exterminar todos os judeus e, com eles Mardoqueu, enganando o rei acerca deste negócio.

Mardoqueu que sempre orientava Ester (o Espírito Santo sempre orienta a igreja), a fez saber do decreto de morte. Ester pede a todo o povo e as suas moças que com ela jejuem, por ela e por aquela causa. Pois não poderia ir à presença do rei sem ser chamada, o rei teria que estender o seu cetro para ela, caso contrário morreria.

Depois de jejuarem Ester foi ao rei, que estendeu o seu cetro e atendeu a sua petição, e houve grande livramento para ela e para o povo judeu. Ester usou uma arma poderosa que é o jejum.

No Velho Testamento há várias referencias a respeito do jejum, mas o profeta Joel nos diz assim: “Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com JEJUNS, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR, vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência e se arrepende do mal.’’ Joel 2.12,13

Desta forma como disse o profeta Joel, rasgando o nosso coração diante do Senhor, buscamos jejuar.

No Novo Testamento os discípulos de João (Lucas 5.33); a igreja em Antioquia (Atos 13.2) e o próprio Senhor Jesus (Lucas 4.2) jejuou, mostrando a nós a sua total dependência do Pai.

Ester e o povo jejuaram por algo impossível aos olhos humanos, uma lei que havia de ser cumprida, mas não há impossíveis para o nosso Deus, e foram vitoriosos. Através do jejum que fizeram o projeto do Senhor para com o seu povo se cumpriu, o povo e seus costumes foram respeitados, benefícios que passaram através dos anos, até na boa condição de Neemias como copeiro do rei. Isto se deve ao jejum feito trinta anos antes por Ester e o povo. Hoje não é diferente, muitas tem sido as vitórias alcançadas através do jejum.

As armas que o Senhor nos tem dado não são visíveis, porém secretas, guardadas em nosso coração. São espirituais.

O jejum é um ato de obediência e não de sacrifício; de fé, onde o homem no seu interior se humilha diante do Senhor. E o Espírito Santo vem e nos enche com a sua graça e nos faz vencedores.

CONCLUSÃO:

O Senhor tem aceitado os nossos jejuns, tem estendido o seu cetro para nós atendendo a nossa petição, e por isto temos alcançado os frutos deste recurso da graça: livramentos, saúde restaurada, lares edificados, paz, alegria, libertação e tantos outros. Vitórias sobre vitórias.

“Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns.”II Coríntios 6.4,5

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