FALAR E VIVER A DOUTRINA

POR FELIPE NEPOMUCENO
FALAR E VIVER A DOUTRINA

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações." Atos 2:42

Em meio a tamanhas perseguições, o que sustentou a igreja profetizada na carta de Esmirna? O mais sensato e racional seria desistir da causa. Mas aqueles irmãos julgaram ser a causa maior que suas próprias vidas e, assim, tombaram aqui no chão dessa vida, entrando na glória para receber de Deus a coroa da vida que aos tais estava guardada.

QUE CAUSA VALERIA A VIDA?

Que causa era essa tão nobre que valeu a vida daqueles irmãos? Será que aquele cenário de oposições e perseguições se assemelha de alguma forma com o que a igreja vive ou deve viver hoje em sua caminhada?

Para responder essas perguntas, é necessário entender os acontecimentos proféticos da primeira carta: Éfeso.

A DOUTRINA

Nesse período histórico, profetizado na carta a Éfeso, a igreja viveu o momento em que o Senhor envia sua DOUTRINA representada na semente da parábola do semeador. Toda inspiração divina que recai sobre os apóstolos e escritores dos livros e cartas do Novo Testamento é, profeticamente, a igreja recebendo do Pai essa semente.

A doutrina é recebida pela igreja que, agora, sai pelo mundo falando dessa doutrina. Sua mensagem aponta para a pessoa maravilhosa do Senhor Jesus. Foi através dEle que a doutrina chegou àquela primeira igreja, era dEle que a doutrina falava, era para voltar para Ele que a doutrina serviria à igreja. Perseverando nessa doutrina, a igreja tinha a promessa de que veria ao Senhor novamente, pois, apesar de estar morto para o mundo, para a igreja, Ele estava vivo.

FALAR E VIVER 

Jesus, por sua vez, para que a doutrina fosse consolidada na igreja, teve de falar dela, mas também teve que viver a doutrina. A doutrina era MORTE E VIDA. Quando Ele se entregou na cruz, aquele ato não foi de fraqueza. Foi a maior prova de sua força e poder, pois ali, com Ele, estavam sendo sacrificados os nossos pecados e somente um Deus tão poderoso poderia tomar em si todas as mazelas da humanidade e levar consigo para a morte. Na cruz foram pregados o nossos pecados junto com o Salvador. No lugar de morte foram sepultados os pecados e o Senhor. Para a vida, contudo, voltou somente o Salvador. A morte era para o pecado, não para o Senhor. Ele ressuscitou! Aleluia! No seu ministério, Jesus falou da doutrina; na sua morte e ressurreição, Ele viveu a doutrina.

Na vida da igreja que ora nascia, não seria diferente. Ela teria de falar da doutrina para o mundo, mas também deveria viver a doutrina. A primeira igreja, Éfeso, falou da doutrina. A segunda igreja, Esmirna, viveu a doutrina pregada. A mensagem só teria efeito se o que estivesse sendo pregado estivesse também sendo vivido. Foi por isso que a igreja de Esmirna se entrega à morte física nas arenas de Roma, nas cruzes, nas fogueiras e perseguições, pois, morrendo aqui, ressuscitou com Cristo para viver a vida eterna.

NÃO PODIA SER UMA TEORIA

A doutrina dos apóstolos não é teoria, não é tese, não é filosofia ou conhecimento puro e simples. Ela é uma forma de vida. Se não for vivida, é um disfarce, uma máscara. Por isso, desde o primeiro momento, o Senhor se desagradou profundamente daqueles que se revestiam da aparência sem a autenticidade do evangelho. Veja:

“e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são e tu os achaste mentirosos”Ap. 2:2

“a blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são, mas são a sinagoga de Satanás.”Ap. 2:9

É duro, mas é a verdade: falar da doutrina e não viver a doutrina, para Deus, é mentira; é participar da sinagoga de Satanás.

AS CONSEQUÊNCIAS DE VIVER E FALAR A DOUTRINA

Por causa da doutrina, a igreja primitiva sofreu as oposições e perseguições. Mas, também, por causa da doutrina, ela subsistiu fortalecida para alcançar a eternidade. O mundo, nas pessoas do adversário e da carne, levantaram oposições diversas contra a igreja ao longo da história. O intuito derradeiro sempre foi matar a doutrina, pois, assim fazendo, morreria também a igreja.

Nos dias atuais, a igreja fiel não só fala, mas vive a doutrina. As oposições estão diante dela. Contudo, essa doutrina é a força da igreja. Dela vem todo subsídio para o momento difícil e final. Perseverando nessa doutrina, como assim nos diz o texto que lemos, a igreja primitiva venceu e reencontrou o Salvador. Perseverando nela também, a igreja fiel dessa hora encontrará o seu Salvador nas nuvens e receberá também sua coroa da vitória.

Nós crentes dessa hora final devemos estar vigilante, atentos às verdadeiras intenções das oposições. Elas vêm das mais diversas formas. Querem impor um padrão que não cabe ao servo do Senhor. Devemos buscar ao Senhor para não só falar, mas viver a doutrina que temos recebido. Morte e vida. Morre o velho homem para um novo nascimento em uma vida que não terá fim, pois é a eternidade com Deus.

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