A IGREJA DE PÉRGAMO

A IGREJA DE PÉRGAMO Apocalipse 2:12-17

1 -        O que caracterizou a Igreja de Pérgamo?
No ano 312, Constantino promulga o Edito de Milão, pelo qual a Igreja une-se ao Estado.
Essa foi uma nova estratégia do adversário, agora ele muda o esquema porque viu que não podia vencer a Igreja e que, ao contrário, ela crescia mais e mais, então ele faz essa união, esse casamento pervertido (que é o significado da palavra pérgamo).

Havia um interesse político de Constantino porque tendo ele a fidelidade dos cristãos, ele teria todo o governo do império em suas mãos, uma vez que os cristãos estavam em todos os lugares. Constantino começou a nomear cristãos para as secretarias, para os cargos representativos em cada área e, desse modo, eles traziam as informações diretamente para o governo.
Para dar credibilidade, Constantino tornou-se cristão.
Essa mudança radical do governo do império romano parecia ótima, porque agora só poderia fazer parte do império aquele que fosse cristão, mas não foi assim.
Todos se tornaram cristãos, era aquela doutrina de que o que faz o cristão é o batismo puro e simples, todo o mundo entrou na água, a água era pouca para tanta gente. Mas onde estava a regeneração?
O projeto de Deus para a salvação é a regeneração do homem, é o novo nascimento.
2 -        A Doutrina
Vamos ver os aspectos da carta à Igreja de Pérgamo.
“E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios.”       Apocalipse 2:12
Era a Doutrina que já estava de pé, ela não ia mudar. É o título glorioso do Senhor Jesus neste período.
3 -        Martírio
“Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanaz; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.”  Apocalipse 2:13
Até à morte de Antipas, a Igreja ainda não tinha negado a fé, ele foi a última testemunha fiel da Igreja de Esmirna. A fé só desapareceu com a morte de Antipas.
Mesmo com o Edito de Milão já vigendo, com os favorecimentos do império, alguns cristãos ainda foram mortos nesse período, inclusive Antipas.


4 -        A Parábola do Grão de Mostarda
“Outra parábola lhes propós, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando nele, semeou no seu campo. O qual é, realmente, a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos.” Mateus 13:31-32
O homem pega a fé e a semeia no seu campo, no campo dos seus interesses.
Exemplo: Deus usa um irmão com o dom de curar e aí ele vai e aplica esse dom no campo do seu interesse, que é o interesse material, ele cobra do cidadão para orar por ele e este fica curado. O cidadão vai e coloca uma faixa com o nome do irmão na quitanda dele, em reconhecimento pela sua cura. O que aconteceu?
A fé, que é intrínseca, que é interior (porque é semente), ela fica exposta.
O que você vê da semente? Essa semente da qual o Senhor Jesus se refere, esse grão de mostrada, ela está escondida, você passa e não a vê. Ninguém precisa exteriorizar a fé e por quê?
Porque a fé não vem de vós, mas é dom de Deus.
Existe uma vida latente dentro da semente, a vida que existe é dádiva do Senhor, não é algo que se possa exteriorizar.
5 -        O Adversário
“Mas uma poucas de coisas tenho contra ti: porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem. Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu aborreço.” Apocalipse 2:14-15
A fé é substituída por falsas doutrinas.
Para que isso é colocado dentro da vida da Igreja?
Para anular o sacrifício de Jesus. A partir daí surgiram os dogmas.
Isso facilitou a vida do pagão que cria em tudo como deus, ele cria no sol, na lua, nos animais, nos rios, portanto, crer em Maria, Pedro e João era muito mais fácil. Foi isso que Constantino fez, ele jogou o paganismo dentro do cristianismo e todo o mundo achou ótimo.
Mas havia uma Igreja Fiel. Sempre houve um povo fiel, o Senhor sempre preservou uns poucos, em todas as épocas e é por isso que nós estamos aqui hoje.
O Senhor mostra, profeticamente, que o que funciona não é a História, não é o homem na sua carreira, não é o esforço humano, mas é o poder de Deus, o Senhor está presente em todo o decorrer da História e a Igreja ressurge em todos os instantes porque Ele está presente.
O Senhor estava sabendo de tudo aquilo que estava acontecendo, Ele estava gerenciando aquilo que lhe foi entregue pelo Pai, que é a Igreja.
a)  A doutrina de Balaão
A Igreja de Pérgamo vivia a doutrina de Balaão, que é o falso profetismo, era profetizar contra Israel. Como não conseguiu amaldiçoar o povo de Israel, Balaão então ensinou Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel. E para quê?
Para que o povo de Deus comesse dos sacrifícios de idolatria e se prostituísse.
Como se daria isso?
Balaão aconselhou Balaque a perverter o povo de Israel, colocando as mulheres moabitas para seduzirem, pelos seus atrativos, os homens de Israel, levando-os a praticar o culto abominável de Baal, e assim desagradarem a Deus. O mau conselho produziu os resultados desejados.
Foi exatamente isso que aconteceu com a Igreja, ela passou a comer dos sacrifícios da idolatria e se prostituiu, ela começou a praticar o culto aos ídolos (conhecidos como “santos”).

b)  A doutrina dos Nicolaítas
Essa doutrina era, de certa forma, o governo político da Igreja, ela precisava administrar os seus bens materiais, preparar tudo para a Igreja de Tiatira que viria em seguida e que ia perdurar por mil anos, por isso era preciso criar quadros dentro da Igreja para que eles administrassem o milênio que viria para trazer o céu aqui para a terra, todos criam nisso.
6 -        A Promessa
E a promessa do Senhor para os fiéis é:
“Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, ...” Apocalipse 2:17
O maná estava escondido, a Palavra estava escondida, o tesouro estava escondido no campo, o grão de mostarda estava escondido, a fé estava escondida.
Ao fiel o Senhor iria dar a Palavra revelada.
“...e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.” Apocalipse 2:17
A pedra branca fala da libertação, fala da absolvição, de tudo aquilo a que o homem tinha direito como crente, mas esse direito não era porque ele estava batizado, porque ele deixou de ser pagão e tornou-se cristão por força de uma lei, esse direito era seu porque agora ele tinha uma experiência de uma vida nova, de um novo nascimento, era um novo nome, era a promessa que o Senhor estava dando de que, para ser cristão, não era uma questão de ter um rótulo, o nome de cristão, nem era preciso ser sócio do império romano, mas era a experiência de um novo nascimento, não era o batismo que tornava o homem um cristão.

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