O ALIMENTO DA SAÍDA


O ALIMENTO DA SAÍDA
Escrito por:  Nildo Oliveira 
Maceió/AL

Êxodo 12:1-11

O Êxodo foi uma experiência na vida do povo de Israel.  Tudo o que está acontecendo aqui é um preparo para a saída do povo.
O Egito  neste momento está debaixo de um juízo, que era a morte dos primogênitos.


A figura do primogênito era muito importante naquela época, porque ele era o responsável pela herança e esse era o alvo de Deus naquela hora, a herança, Ele queria ferir a herança, era a perda da herança. Profeticamente, a herança é vida.
Em cada casa tinha morte, em todas as casas do Egito havia morte porque o juízo era perder a herança, que é perder a vida. A única saída era a marca do sangue nos umbrais e verga das portas; o anjo só respeitaria esse sinal,  nada que o povo colocasse como substitutivo evitaria a ação do anjo porque ele tinha a ordem de respeitar somente a marca do sangue, se houvesse a marca do sangue na porta, ele não entraria ali.

O juízo era para todo o povo, inclusive para os deuses do Egito.  Por quê?
Porque o povo confiava naquilo.  O juízo, então, estava sobre a Religião também.

O Senhor está mostrando, nesta hora, a mesma situação para a Igreja que vai subir.
Quem vai subir, nesta hora, é uma Igreja, é um corpo.  Não é um projeto individual,  não há nada de particular. Naquele momento Deus estava preparando um povo para sair, era todo o povo, nem uma unha ficaria  no Egito, Faraó quis reter alguma coisa ali,  mas Moisés disse: “Nem uma unha ficará, nada do que é nosso ficará,  não vai ficar nada do corpo”.
Uma unha é, aparentemente, insignificante no corpo, mas não vai ser deixada para trás.
Ninguém pode pensar em sair nesta hora e deixar alguém para trás.  Temos que lutar para que todo o povo vá, todo o corpo.  Esta é a tarefa da Igreja.  Não é só lutar pela minha vida, ou pela minha família, mas é por toda a Igreja.

QUE CORPO É ESSE?
É o corpo que está identificado com a morte do Cordeiro, ou seja, é o corpo que traz  essa marca do sangue do Cordeiro, que está em comunhão com Ele.
A salvação é um ato de comunhão.  Todas as vezes que o Senhor se refere à comunhão na vida da Igreja, Ele fala sempre nela como corpo e o corpo, nesta hora, precisa ser preservado.
  
A grande luta da Igreja, nesta hora, é pela preservação do corpo.
Toda a operação do Espírito Santo na vida da Igreja nesta hora é para preservar o corpo.  Ela tem que, na comunhão, comer o Cordeiro, que é Jesus, “Eu sou o pão vivo que desceu do céu”.
A Igreja, nesta hora, é o corpo que se alimenta do Cordeiro que está assado no fogo, é Jesus revelado, é a Palavra revelada e os dons do Espírito.

PREPARA PARA SAÍDA

LOMBOS CINGIDOS
 Os lombos estão cingidos com a verdade.  Nesta hora o corpo está sendo protegido pela revelação.
Em sua carta, Judas dirige-se desta maneira aos irmãos: “Aos chamados, queridos em Deus Pai, e conservados por Jesus Cristo”.
Jesus é a verdade, é a revelação.
A revelação preserva o corpo, ela protege o corpo.  Se os lombos estão cingidos, se o corpo está vestido, a carne não aparece.
A carne não pode aparecer nesse corpo que é a Igreja porque é o momento da saída, o corpo tem que estar protegido, tem que estar resguardado da vaidade, do egoísmo, dos projetos pessoais e promocionais,  você tem que estar escondido porque assim o Senhor será glorificado.
O momento é de proteger o corpo, lombos cingidos  e isso só acontece se você estiver com a verdade.

SAPATOS NOS PÉS
É o Caminho, é Jesus, não existe outro caminho.
Nesta hora a Igreja tem que participar dessa comunhão, tem que viver no corpo com a direção do Senhor, Ele é o Caminho.  A Igreja que se prepara como corpo para a saída, ela não se desvia do Caminho porque se sair ela estará perdida, estará sujeita a todo o tipo de acidente.

CAJADO NAS MÃOS
É a direção do Espírito Santo.
Paulo disse: “Ninguém diz que Jesus é Senhor se não for pelo Espírito”.
Então você diz assim: “Se eu sou servo, se eu sou uma ovelha e o Senhor é o meu Pastor, então é Ele que vai dirigir a minha vida”.
A Igreja, nesta hora, como corpo, está sendo dirigida pelo Espírito; não é pela minha idéia, nem pelos meus conceitos, nem pela minha inteligência, mas é pelo Espírito.

PARTICIPAR DO CORDEIRO
O corpo precisa ser mantido, ele precisa participar do cordeiro na sua totalidade, ou seja, cabeça, pés e fressura.
Talvez sejam as três piores partes para serem comidas: a cabeça e os pés têm muitos ossos; a fressura  são as vísceras, tais como: pulmões, fígado, coração, estômago, intestinos, etc.
Por que isso?
Porque era profético.  A Igreja já está identificada com o Cordeiro pela marca do sangue lá na porta, mas ela precisa se identificar também com o interior, ter intimidade.

DA CABEÇA
A cabeça do Cordeiro é o governo do Senhor.

Paulo diz assim: “Vós tendes a mente de Cristo”.
Nesta hora a Igreja se alimenta da cabeça do Cordeiro, de tudo aquilo que é do Senhor Jesus, o seu governo, a sua orientação, de tudo aquilo que Ele quer para a sua Igreja.
Há certas coisas que não agradam ao Senhor, você não se identifica com o Senhor naquilo, não é isso que o Senhor quer para o homem.
Quando a Igreja vê certas coisas, ela tem que ver com a mente de Cristo, ela vai discernir como mente de Cristo, ela está voltada para o lado espiritual, a Igreja está identificada com isso.

DOS PÉS 
Os pés do Cordeiro falam do Caminho, do Evangelho.

A Igreja, nesta hora, está identificada com o Evangelho genuíno.
Os pés são para caminhar, mas são os pés do Cordeiro, é aquilo que o Senhor quer, é o caminho que é dele, do Cordeiro.

DA FRESSURA
A fressura fala da intimidade do Senhor.

Todo o funcionamento do corpo é interior, toda a expressão da vida é interior.
A Igreja participa daquilo que está no interior do Cordeiro, que é a vida do Cordeiro, que está intrínseco.
Quando você tem uma experiência com Deus, ela é uma experiência de vida porque você participou da intimidade do Senhor, daquilo que é intrínseco; é diferente de alguém que apenas ouviu falar de uma experiência.  Às vezes você tem uma experiência, o Senhor fala com você e você conta para alguém: “Nesta madrugada eu ouvi a voz do Senhor”.  A outra pessoa responde: “Mas que bênção!”.  E você fica até um pouco decepcionado: “Mas foi tão extraordinário para mim ... Eu queria que Fulano explodisse de alegria como eu ...”  e é assim mesmo, você provou do interior do Cordeiro, você sentiu o sabor, é diferente para aquele que só ouviu sobre a sua experiência.
A Igreja está tendo experiências assim, ela está-se alimentando do Cordeiro inteiro: cabeça, pés e fressura.
Jesus disse: “Não vim para revogar a lei, Eu vim cumpri-la”.  E, depois, já encerrando o seu ministério, Ele chama os seus discípulos e diz: “Eu desejei muito comer convosco esta páscoa” e mandou que fossem fazer os preparativos.  Quando já estavam ali reunidos, Ele pega o pão, o vinho, dá graças, reparte o pão, toma o vinho e diz: “Isto é o meu corpo!  Isto é o meu sangue!”
Aqueles homens conheciam aquele rito mosaico, eles sabiam que a páscoa não era daquela maneira, eles poderiam perguntar ao Senhor Jesus: “Mas onde está o cordeiro?  Onde estão as ervas amargosas?”, mas não perguntaram.

ONDE ESTÁ O CORDEIRO ASSADO NO FOGO?
O Cordeiro estava ali sim, era o próprio Senhor Jesus.

 ONDE ESTÃO AS ERVAS AMARGOSAS?
O Senhor substituiu as ervas amargosas pelo vinho, Ele substituiu o sofrimento do povo pelo seu sangue, pelo seu sacrifício.   “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre  si ... e o castigo que nos traz a paz  estava sobre Ele”.
Quando eu clamo, hoje,  pelo sangue de Jesus, eu me livro das angústias, das tristezas, de tudo aquilo que não é agradável, que são as ervas amargosas;  eu substituo tudo isso pelo sangue de Jesus.

O PÃO NÃO SUBSTITUÍDO. POR QUE NÃO?
O pão não foi substituído porque ele é a Palavra e ela estava presente no Velho Testamento, ela falava de Jesus, mas por alegorias, Jesus estava oculto,  Jesus era enigma.
Jesus era mistério naquela saída, Jesus era mistério quando Deus manda Abraão sacrificar a Isaque, Jesus era mistério quando Moisés feriu a rocha.  Sempre Jesus esteve presente, desde o início, mas era mistério e era profético.

No Novo Testamento Ele continua presente, mas agora é o pão que é partido e distribuído: “Este pão é o meu corpo que é partido por vós”.  É Jesus revelado a eles como Emanuel (Deus é conosco), como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, é o Espírito de profecia.
  
A Igreja está-se alimentando do Cordeiro, dentro de casa, na comunhão, no corpo, a marca do sangue está na porta do coração da Igreja, e o anjo só vai respeitar esse sinal,  ele vai passar e vai ver isso e vai saber que ali dentro o Cordeiro está alimentando, está fortalecendo, ali está o pão, a luz está acesa; lá fora as trevas, mas dentro da casa onde está o Cordeiro, há luz.
A Palavra e a luz, os dons do Espírito, é o Espírito Santo se revelando à Igreja.
Essa é a grande experiência da Igreja nesta hora.
Há duas coisas fundamentais na vida da Igreja: A Palavra revelada e os dons do Espírito.  Não é um dom isolado, são os nove dons.

Essa é a Igreja que se prepara para a saída, essa é a Igreja que tem a herança de vida.




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