CLAMOR PELO SANGUE DE JESUS - TABERNÁCULO

CLAMOR PELO SANGUE DE JESUS - TABERNÁCULO

"Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus". Hebreus 10:19


O Tabernáculo foi uma estrutura construída pelos filhos de Israel sob a supervisão de Moisés, por volta do ano 1450 a.C. O esboço do Tabernáculo e os materiais de sua construção foram especificados com grandes detalhes por Deus a Moisés no Monte Sinai, poucos dias depois que os filhos de Israel haviam saído do Egito, onde, por centenas de anos, eram escravos (o Êxodo)

O Tabernáculo era uma construção portátil, feita por homens habilidosos e sábios, e transportado por uma das doze tribos (Levitas), durante 40 anos de peregrinação pelo deserto e depois na terra de Canaã.

LIÇÃO DO TABERNÁCULO

O Tabernáculo tinha:   
1- A Porta de entrada do Tabernáculo era conhecido pelos judeus como Caminho;
2- A Porta do Lugar Santo dentro do Tabernáculo era conhecida como a Verdade;
3- O Véu do Tabernáculo era conhecido como a Vida.

João 14:6 "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim", nisso notamos os três aspectos acima. 

JESUS = TABERNÁCULO – Hebreus 9:11a "Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo".

O primeiro item que os judeus viam quando entravam no Tabernáculo era o Altar dos Holocaustos. No Altar de Holocausto o sacerdote sacrificava varias ofertas para Deus. Algumas ofertas eram pelos seus próprios pecados e outras pelos pecados do povo. O alvo do holocausto era que, por ele, a pessoa poderia se tornar aceita diante de Deus e perdoada (Levítico 1:4). Para o holocausto, um animal macho era sacrificado: um carneiro, um bode, um boi ou uma rola (ou um pombinho) (Levítico 1:13-17). A oferta deveria ser sem mancha ou defeito, a mais saudável e a melhor disponível. Isto representa o Senhor Jesus, que foi examinado por Pôncio Pilatos, o qual declarou: "Não acho nele crime algum" (João 18:38).

Na antiga dispensação, o tabernáculo estava no meio do povo. Sobre o tabernáculo, a glória de Deus baixou. À noite, uma coluna de fogo, de dia, a nuvem, que traz refrigério. Quando Jesus veio, cumpriu-se o dito: E seu nome será Emanuel, que traduzido é Deus conosco. Deus, através de Jesus, habitou conosco. Quando o povo comemorava a festa de tabernáculos, Ele se levantou e disse: Quem tem sede venha a mim e beba! Nele estava a plenitude de Deus.

Quando Ele subiu aos céus, após o sacrifício expiatório, enviou o Seu Espírito Santo. Agora, a igreja é templo do Espírito de Deus, e nela, de contínuo, o sangue de Jesus atua.

O SIGNIFICADO DO CLAMOR PELO SANGUE DE JESUS:

Hebreus 10:19 Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus.

1- APLICAÇÃO NO VELHO TESTAMENTO

a) No exercício do Sacerdócio Levítico: 

• Páscoa ( Êxodo 12 );
• Um cordeiro (vs. 3-5);
• Imolado por todo o Israel (vs. 6);
• Aspersão do sangue (vs. 7);
• A proteção do Senhor (vs. 12, 13, 21, 22, 23);
• Estatuto perpétuo (vs. 14, 17, 24);
• Ensinado nos lares (vs.26, 27).

b) Na consagração dos sacerdotes:

• Na orelha direita (ouvir);
• No polegar direito (firmar e definir);
• No polegar do pé direito (equilíbrio no caminhar).

2 - APLICAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO

a) Jesus o cordeiro de Deus (Jo 1: 29)

b) O Sangue de Jesus em nosso favor:

• Justifica-nos diante de Deus (Rom 5: 9);
• Dá-nos paz com Deus (Col 2: 13);
• Aproxima-nos de Deus (Ef 2: 13);
• Purifica-nos de todo pecado (Jo 1: 7);
• Dá-nos a vitória final (Ap 12: 11).

c) Por que clamar pelo sangue de Jesus ?

• Em relação a Deus (I Pe 1: 18, 19);
• Em relação ao homem (I Jo 1: 9);
• Em relação ao acusador (Ap 12: 10, 11).

3 - Clamar pelo Sangue de Jesus é clamar pelo Espírito Santo, pois:

VINHO = SANGUE
"Semelhante depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim". 1 Coríntios 11:25

VINHO = ESPÍRITO 
"E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito". Efésios 5:18

Logo: SANGUE = ESPÍRITO

CONCLUSÃO:

Clamar pelo Sangue de Jesus é clamar por VIDA ETERNA, pois Jesus derramou sua vida (sangue = vida), que é vida eterna. Clamar pelo Sangue de Jesus é clamar por ETERNIDADE, é passar do nosso tempo, que é limitado, para o tempo de Deus, que é a eternidade, é manter-se na revelação e na luz.

O SANGUE DA ASPERSÃO

A ilusão consiste em pensar que o sacrifício de Jesus foi realizado no passado. Não! O sacrifício é atemporal, no sentido em que retroage a Adão e Eva, para validar e convalescer todos os sacrifícios imperfeitos, e proféticos, pois apontavam para o sacrifício perfeito: Aquele que foi a causa de uma eterna redenção. Também avança no tempo, tornando-se válido hoje, a qualquer tempo, ou fora de tempo. 

Veja-se que a redenção vem ligada a elementos atemporais, ou fora dos padrões do tempo. Como o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo, o sangue do sacrifício que fala mais alto que o de Abel, uma eterna redenção.

O sacrifício expiatório como único liame de ligação a Deus, pela graça, vem desde Adão e Eva, onde se tem notícia do primeiro sacrifício utilizado para cobrir a nudez de ambos.

Abel, todos os patriarcas, os da antiga aliança, Jó, enfim todos sacrificavam, o que demonstra que jamais pelas obras da lei alguém seria justificado, que dirá regenerado. Sempre foi pela graça salvífica que o homem encontrou a sua redenção.

O sacrifício expiatório, que apontava para o eterno Cordeiro de Deus, sempre foi o liame, o elemento de ligação de todas as épocas, dispensações e períodos históricos da Bíblia, todos apontando para o sacrifício eterno, que convalidaria a todos os outros.

Alguns textos:

“E fez o SENHOR Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.” Gênesis 3:21

“E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte.” Apocalipse 12:11

“E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito”. Êxodo 12.13

Adão e Eva – A morte do animal e o sangue derramado - início do projeto. Deus providencia a pele do animal – Depois de morto (claro). Gênesis 3:21 - “E fez o Senhor Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.”

“Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca". Isaías 53.7

“...Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. João 1:29

“Pelo que também o primeiro não foi consagrado sem sangue”. Hebreus 9:18 Isto é o segundo testamento não foi consagrado sem sangue, mas com o sangue de Jesus, o mediador de uma nova aliança.

“E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel”. Hebreus 12:24 

“Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas”. I Pedro 1:2

“Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus”. Hebreus 10:19

“E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação”. Apocalipse 5:9 

“E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte”. Apocalipse 12:11

Ora, não haveria necessidade em se falar em sangue da aspersão, como em I Pedro 1.2. 

Se há a menção à aspersão é porque ela ocorre ainda hoje. Ao celebrar a primeira páscoa, o sangue foi passado nas vergas e ombreiras das portas, sendo barreira para o juízo de morte dos primogênitos. Não bastava ser integrante do povo de Deus. Não haveria diferença alguma entre o juízo que estava sobre os egípcios e sobre Israel, o único sinal aceitável contra a praga da morte era o sangue do cordeiro. Eis aqui o mistério que ecoa pelos séculos: A única forma de escape é o sangue do cordeiro, não existindo diferença entre egípcios, judeus, gregos e romanos.

Veja-se que Pedro fala em eleição e presciência, depois em santificação de Espírito, depois em obediência e, finalmente, para fins de aspersão do sangue de Jesus. Interessante aqui que a aspersão do sangue de Jesus vem por último. Por que? Porque é recorrente, fora do tempo, instantâneo e sempre. A aspersão fala de um sacrifício que ocorreu no gólgota, dos méritos desse sacrifício, e da ação desse sangue na alma, na vida do salvo, através do Espírito Santo, que concorda em um com o sangue de Jesus.

Afirmar que a invocação ao sangue de Jesus não é bíblica é erro grosseiro, precipuamente porque as Escrituras mencionam expressamente o sangue da aspersão no novo testamento, fazendo um paralelo com o rito mosaico, que se cumpre quando alguém ora pedindo perdão, purificação ou livramento. Não é necessário novo derramamento de sangue, pois o sacrifício perfeito já aconteceu no tempo, nesta vida, mas é eterno. A invocação ao sangue de Jesus é expressa menção ao poder desse sangue, cuja eficácia ocorre pelo Espírito de Vida, o Espírito Santo, que concorda em um com o sangue de Jesus. Não significa que o sangue biológico é o Espírito de Deus, mas que concorrem, convergem, a eficácia da purificação, justificação e regeneração se dá pelo Espírito de Deus.

No tabernáculo, o sacrifício era recorrente. Hoje, não mais, o que não significa que os efeitos do sangue de Jesus cessaram, pois é o sangue de Jesus que nos purifica de todo o pecado, e é o sangue da aspersão, cujos efeitos continuam e se manifestam no tabernáculo humano através do Espírito de Deus. Esses efeitos retroagem para alcançar e validar todos os sacrifícios do passado, têm eficácia hoje, e se protraem ou se alongam para frente no tempo, pois não estão vinculados ao tempo.

A invocação ao sangue de Jesus carreia consigo a menção ao nome de Jesus, pois não pode ser qualquer sangue, mas o sangue do sacrifício do nome sobre todo o nome. Esse sangue, ainda  hoje é passado nas vergas e ombreiras das portas, representando as nossas vidas, é uma barreira contra o juízo e a morte, como o fio de escarlate foi para Raabe, é livramento para Israel, como quando o inimigo foi confundido ao ver o reflexo do sol nas águas nos buracos cavados pelo exército israelita, que não teve de lutar, mas apenas correr ao despojo (II Reis 3.15). O sol refletiu nas águas, o inimigo pensou que era sangue dos israelitas, mas não era. O inimigo foi confundido e, por isso, derrotado.

Como o salmista diz Salmo 51: Lava-me! Purifica-me! Sim, é o sangue da aspersão que traduz a graça salvífica, ainda no antigo testamento.

O sangue de Jesus confunde e cega o inimigo. É uma barreira contra o mal.

Toda oração deve ser feita em nome Jesus? Certamente. Mas há casos no novo testamento em que um paralítico foi curado sem a menção ao nome Jesus, que ficou implícito quando o apóstolo Paulo determinou a cura de um homem, conforme Atos 14.8-10. Também o sangue da aspersão está sempre implícito quando não é mencionado, pois só nos livramos do juízo e da condenação por causa do sacrifício de Jesus. O sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado (I João 1.7-8). Verbo no presente, operação recorrente do Espírito de Deus.

A expiação pelo sangue do Cordeiro está nas escrituras, está nas escrituras que o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado, está nas escrituras que "eles o venceram, pelo sangue do Cordeiro" e ainda, "lavaram suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro". A invocação (ou clamor) ao sangue de Jesus é corolário da doutrina da expiação, ligando-se inexoravelmente a esta.  É bíblica.

O testemunho e escritos dos apóstolos evidenciaram que há poder no sangue de Jesus.

Convém, porém, avaliar se há na Bíblia oração em que o pedido de perdão pelo sangue é feito.

Davi, premido pelo pecado, sentindo o afastamento do Espírito de Deus, pediu para ser lavado, para ser purificado no salmo 51. Vamos a essa oração maravilhosa, que com certeza foi repetida por milhões de servos do Senhor.

"Tem misericórdia de mim, ó Deus, por tua grande compaixão apaga minhas transgressões, lava-me de toda a minha culpa". "Purifica-me com hissopo, e ficarei puro, lava-me, e mais branco do que a neve serei".

Depois, no mesmo salmo:

"Não me lances fora da Tua presença, nem retires de mim Teu Espírito Santo".

"Não te deleitas em sacrifícios, nem te agradas de holocaustos, senão os traria". "Os sacrifícios para Ti são um espírito quebrantado, e um coração contrito e quebrantado não desprezará o Senhor". "Então te agradarás dos sacrifícios sinceros, das ofertas queimadas e dos holocaustos".

Veja só que oração pedindo para ser lavado e purificado! E mais, mencionando que com sinceridade e coração quebrantado e arrependido trará os sacrifícios e holocaustos. Pedindo pela misericórdia divina, para não ser lançado fora da presença de Deus.

Agora, comparemos a oração com o que temos em Apocalipse, Gênesis, João, Hebreus, porque são tantos os textos.

“E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte”. Apocalipse 12:11

"E Ele disse: Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro" (Ap. 7.14). (Note que os que vieram de grande tribulação é que lavaram as suas vestes no sangue do Cordeiro, mostrando que houve uma atitude por parte deles, assim como houve por parte de Davi o arrependimento, o quebrantamento e a oração pedindo para ser lavado).

“E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito”. Êxodo 12.13

"Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado". 1 João 1:7 

Há um liame, desde Gênesis a Apocalipse, tornando una a mensagem: a doutrina da expiação. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados, e essa é uma verdade inconteste. Mais do que uma verdade bíblica, perpassa todas as épocas, todas as dispensações, chegando até aos momentos finais do livro de Apocalipse, muito após o arrebatamento da igreja. Foi em Jesus que todas as coisas foram criadas, é nEle que tudo será restaurado e que todas as coisas tornar-se-ão novas.

A invocação ao sangue de Jesus tem efeitos conhecidos no meio pentecostal, em que, por incrível que pareça, a experiência única tem sido a eficácia dessa invocação. Não é uma experiência particular, é a multidão de servos(as) que testificam, servos(as) de todas as denominações.

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