JESUS LAVA OS PÉS DOS SEUS DISCÍPULOS

JESUS LAVA OS PÉS DOS SEUS DISCÍPULOS
"Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido." João 13:5


Deus tem um propósito na vida de cada pessoa que vem ao mundo. Este propósito existe desde a eternidade, desde antes de o homem haver sido criado. Mesmo sabendo que a humanidade iria cair no pecado, o propósito de Deus não mudou. Por causa disso,  Ele preparou um plano, desde a fundação do mundo, o qual iria trazer o homem de volta à comunhão, para que seu propósito fosse alcançado. O Senhor Jesus revelou este plano aos discípulos várias vezes, e uma delas foi quando lavou-lhes os pés. 

DESENVOLVIMENTO
Jesus tinha pleno conhecimento do plano de Deus para sua vida, e sabia que tudo Lhe havia sido entregue para ser cumprido. O Pai confiou no seu Filho Amado para que este realizasse a grandiosa obra de salvação da humanidade. Quão grande foi a responsabilidade que Jesus assumiu por amor a nós...

Na véspera da Páscoa, após a ceia, Jesus levantou-se e retirou os seus vestidos, e tomando uma toalha cingiu-se com ela, e com uma bacia de água passou a lavar os pés dos discípulos. Aquele ato de Jesus, inicialmente apontou para o fato de Ele ter deixado a Sua Glória e se despido de sua Majestade, e ter descido a este mundo como homem, para se humilhar e assumir a posição de servo, a fim de cumprir a Obra de purificação dos nossos caminhos pecaminosos. 

No tempo do Velhos Testamento era comum a presença de escravos nas casas das pessoas de posse, os quais se vestiam de modo simples e realizavam todo tipo de trabalho; mas a tarefa de lavar os pés dos que chegavam naquela casa, para que descansassem da sua caminhada, era destinada aos escravos gentios, pois os escravos judeus achavam aquele trabalho humilhante demais. Isso mostra o grau de humilhação a que Jesus se submeteu por nós. Ele teve de nascer numa estrebaria em Belém, pois não havia lugar para Ele nas hospedarias da cidade. Viveu na pobreza e não tinha nem um lugar onde reclinar a cabeça. Jesus nunca requereu para si qualquer direito, mas aniquilou-se a si mesmo e não teve por usurpação ser igual a Deus.

Uma pergunta a ser feita em relação ao que Jesus fez, é: por que ele deixou para lavar os pés dos discípulos exatamente no final do seu ministério, quando estava para partir deste mundo, e não no começo? A princípio, o entendimento que temos sobre o ato de lavar os pés, é que ele representa a purificação dos caminhos para seguir ao Senhor. Então por que Jesus não o fez no início, logo que os discípulos foram chamados? Na verdade, aquele era o momento final do ministério terreno do Senhor Jesus; depois de três anos e meio de caminhadas com os discípulos, por todo o Israel, realizando a Obra do Pai, através dos desertos, sob sol causticante, muitas vezes sem se alimentar direito, sem dormir muitas noites, sendo perseguidos e ameaçados pelos religiosos, os pés dos discípulos deveriam estar bastante doloridos e maltratados, alguns calejados e feridos pelas pedras e espinhos das estradas do seu dia a dia, de modo que a atitude de Jesus em lavar-lhes os pés, teve mais o objetivo de transmitir-lhes refrigério e renovo, a fim de que pudessem prosseguir após a sua partida, do que uma purificação dos seus pecados. Jesus confirmou isso quando disse: “Vós já estais limpos...”

Quando o Senhor Jesus tomou a toalha e a bacia com água, e começou a lavar os pés de cada um dos seus discípulos, eles não entenderam o que aquilo significava, e Pedro até tentou impedir que Jesus lavasse seus pés. Mas Jesus lhe disse: “O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois”. E disse também: “Se eu não te lavar, não tens parte comigo”. Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: “Compreendeis o que vos fiz? Vos me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes”. 

Ao lavar os pés dos discípulos, Jesus tocou com suas mãos nas suas feridas, nos seus calos, removeu os espinhos cuidadosamente, retirando o cansaço e a dor. Essa atitude transmitiu-lhes as condições necessárias para continuar e vencer as próximas etapas da sua caminhada. Jesus sabia que em breve partiria, e que os discípulos seriam encarregados de dar continuidade à Obra que Ele um dia iniciou, e sem o refrigério recebido pelo lavar dos seus pés, eles não teriam forças nem disposição para entender isso e continuar. O lavar dos pés dos discípulos, foi a forma usada pelo Senhor Jesus, para facilitar-lhes a caminhada e reduzir o seu fardo.

O renovo adquirido por aquilo que Jesus fez, deu-lhes nova vida e novo ânimo para perseverar e enfrentar as dificuldades do futuro. Depois o Senhor Jesus mostrou-lhes a necessidade de fazer a mesma coisa, uns com os outros, para que ninguém parasse na caminhada quando se sentisse casado e desanimado. O exemplo de humildade do Mestre, deveria ser seguido por todas as gerações de servos através dos séculos, até o fim dos tempos. 

CONCLUSÃO
A igreja que não entender esse ensino do Senhor Jesus, e não estiver vivendo essa lição, não tem parte com Ele. A igreja é o Corpo de Jesus aqui na terra, e ela precisa estar vivendo tudo aquilo que Ele viveu. O mundo de hoje não tem amor, e cada pessoa busca o seu próprio interesse, e não se preocupa com quem está do seu lado. Hoje é comum as pessoas morrerem nas ruas das grandes cidade, sem ter quem as socorra. Mas o Senhor não tem nos ensinado a proceder da mesma forma.

Nós somos membros do Corpo do Senhor e participantes da sua Obra e da sua Natureza. Por isso devemos atentar para o que Ele ensinou quando lavou os pés dos discípulos, porque é isso que Ele quer que façamos uns com os outros.

Estamos vivendo o momento do fim dos tempos; e nesta hora, assim como naquele dia, quando  Jesus estava para deixar o mundo, a igreja também se prepara para deixar este mundo, através do arrebatamento. Esta é a hora da luta, da prova, dos problemas que surgem para nos fazer desistir da caminhada. No dia em que Jesus lavou os pés de Pedro, disse-lhe: “O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois”. É chegada a hora de a igreja compreender esta Palavra de Jesus, caso contrário, ela não terá parte com Ele.

Nós precisamos atentar para as necessidades dos irmãos à nossa volta, e não nos preocupar apenas com a nossa vida. Muitos estão com os “pés”  cheios de espinhos, machucados e feridos com as pedras desta vida, esperando que alguém lhes transmita o refrigério necessário, a fim de que suas cargas sejam aliviadas e sua caminhada facilitada. 

Quantos chegam na igreja tristes e abatidos, precisando apenas de uma palavra de conforto. Outros se encontram desempregados, sem mantimento e sem perspectiva de melhora, precisando de ajuda e socorro. Alguns sofrem de solidão e a igreja é sua única família. Às vezes o simples cumprimento do irmão que está na porta, já é um refrigério para quem chega aflito na igreja... 

Experiência da irmã cuja filhinha estava internada com uma enfermidade congênita, e as servas da igreja se revezaram como acompanhantes no hospital.

Esta lição não é para ser aprendida na teoria, e sim na prática, pois Jesus recomendou: “Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes”. É desta forma que o amor de Deus se evidencia nas nossas vidas.


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