ESCLARECIMENTOS SOBRE A QUARESMA E A PÁSCOA (“Quarta-feira de cinzas”)

POR PASTOR ALEX DEMO
ESCLARECIMENTOS SOBRE A QUARESMA E A PÁSCOA

Compartilho que há alguns anos, um jovem de uma das nossas igrejas estava com uma dúvida e me fez a seguinte pergunta: "POR QUE NA NOSSA IGREJA NÃO PARTICIPAMOS DA QUARESMA ?"

Achei muito pertinente e oportuna a indagação, dado o momento atual que algumas denominações vivem no dia de hoje (comemoração da "quarta-feira de cinzas") e creio que, assim como aquele jovem, outros de nossos irmãos em Cristo também podem ter a mesma dúvida...; razão pela qual resolvi tomar a liberdade para, nesta oportunidade, em forma de "artigo", compartilhar a resposta que encaminhei, e que abaixo segue:

POR QUE NÃO PARTICIPAMOS DA QUARESMA ?

Uma resposta simples e objetiva é: NÃO PARTICIPAMOS DA QUARESMA PORQUE TAL PRÁTICA NÃO É BÍBLICA!

Mas, explicando um pouco melhor sobre este tema, a "quaresma", para os católicos e algumas denominações protestantes, é o período entre a "quarta-feira de cinzas e a páscoa", ou seja, espaço de tempo de 40 dias, tradicionalmente observado pelos mesmos, período no qual costumam permanecer de jejum e arrependimento, em preparação para a páscoa, sem comer determinado alimento, geralmente "carne vermelha".

A duração do jejum da "quaresma" foi estabelecida no século IV; portanto, mais de 3 séculos após o nascimento de Cristo (Novo Testamento).

Durante este período, os participantes simplesmente deixam de comer algum tipo de comida ou deixam de praticar alguma ação habitual.

A ”quarta-feira de cinzas" e a ”quaresma" iniciaram como uma forma de os católicos lembrarem-se do arrependimento de seus pecados.

Muitos católicos entendem que, ao deixarem de fazer algo na "quaresma", alcançarão a bênção do perdão de Deus.

Porém, a Bíblia não ensina que tais atos alcancem qualquer mérito junto a Deus.

De fato, no livro do profeta ISAÍAS 64:5,6, está escrito:

"Tu (Deus) sais ao encontro daquele que, com alegria, pratica a justiça, daqueles que se lembram de ti nos teus caminhos. Eis que te iraste, porque pecamos; há muito tempo temos estado em pecados; acaso seremos salvos? Pois todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como o vento, nos arrebatam."

Por outro lado, o Novo Testamento nos ensina que nossos atos de jejum e arrependimento DEVEM ser praticados de forma que não atraiam atenções sobre nós, conforme orientou o Senhor JESUS aos Seus discípulos:

"E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente” Mateus 6:6-18

Assim, o JEJUM é algo importante em nível espiritual, isto à medida que for feito em SANTIFICAÇÃO sob a ótica bíblica, sendo agradável a Deus quando abandonamos hábitos e práticas pecaminosas, pois se trata de um dos cinco RECURSOS PARA SE ALCANÇAR A GRAÇA DE DEUS (1-jejum, 2-oração, antecedida do clamor pelo sangue de Jesus, 3-consulta a Deus, através da Sua Palavra, 4-louvor, 5-madrugada).

Não há, no entanto, absolutamente, nada de errado em guardarmos um tempo no qual vamos nos "concentrar" (santificar) apenas na morte e ressurreição de Jesus.

Entretanto, essas “práticas” são coisas que devemos fazer TODOS OS DIAS do ano, não apenas nos 40 dias entre a "quarta-feira de cinzas e a páscoa".

É interessante observar, ao menos para efeito de reflexão, que a PÁSCOA, para o catolicismo, não tem uma data específica, sendo uma "data móvel" (ao contrário da páscoa judaica - ÊXODO 12, que fala sobre "a instituição da primeira Páscoa").

Com efeito, o que poucas pessoas sabem a respeito da Páscoa católica é que seu calendário é definido em conseqüência de um sistema de cálculo inventado pela própria Igreja católica e que acaba também influenciando na folia pagã chamada "CARNAVAL". Por essa metodologia, a mencionada igreja, primeiro, define uma de suas datas mais sagradas, o domingo de Páscoa, quando comemora a ressurreição de Jesus Cristo.

A partir daí, chega-se ao domingo de "carnaval" (festa pagã) com uma fórmula simples:contam-se retroativamente sete domingos, iniciando-se o lapso temporal da "Quaresma" (40 dias) na "quarta-feira de cinzas" após o "carnaval". Com isso, a páscoa católica muda de data a cada ano (?!), sempre dependendo da data do término do carnaval (à escolha do homem).

Ademais, um conceito "espiritual" sobre "CINZAS" (referindo-se à "quarta-feira de cinzas"), é que cinzas nada mais é do que "o resultado de um fogo que se apaga".

O fogo proporcionado pelo pecado, traz como resultado cinzas, ou seja, MORTE..., enquanto que o "fogo que vem da parte de Deus, através do Espírito Santo, traz como resultado "VIDA", e jamais de apagará, porque o fogo que vem da parte de Deus é abrasador, consome o pecado e dá nova vida.

Podemos, assim, concluir como nos afirma a PALAVRA DE DEUS, no VT e NT:

"O fogo se conservará continuamente aceso sobre o altar; não se apagará." Levítico 6:13

E o Senhor JESUS afirmou para a Sua igreja, referindo-se ao Batismo com o Espírito Santo:

"Vim lançar fogo à terra; e que mais quero, se já está aceso?" Lucas 12:49

Portanto, a igreja fiel não vive "morta espiritualmente" em meio às "cinzas", mas sim avivada pelo FOGO DO ESPÍRITO SANTO, proclamando a mensagem desta última hora profética do Tempo do Breve:  MARANATA, O Senhor Jesus vem!

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