“Porém o altar de cobre, que estava perante o Senhor, tirou de diante da casa, de entre o seu altar e a casa do Senhor, e pô-lo ao lado do seu altar, da banda do norte.” 2 Reis 16:14
Sabemos que estamos vivendo o tempo do breve e nesta última hora, enquanto o Espírito Santo quer restaurar em nossa vida espiritual os valores celestiais e eternos, o inimigo se opõe e trabalha para tentar nos fazer mudar, trocar o espiritual, o profético pelos enganos deste mundo. É isto que veremos através de Acaz, rei de Judá, e o sacerdote Urias.
Após a morte do rei Salomão, a nação de Israel foi dividida em dois reinos:
• O reino de Judá, composto pelas tribos de Judá e Benjamim, que ficava ao sul;
• O reino de Israel, que ficava ao norte e era formado pelas outras dez tribos.
O texto que lemos fala de um momento de guerra: o rei de Israel e o rei da Síria se uniram contra Judá. Nesse período, Acaz era rei em Judá. A Bíblia deixou registrado que ele não fez o que era reto aos olhos do Senhor seu Deus, como Davi. Em seu coração não havia temor.
A palavra nos conta que quando aqueles dois reis se levantaram contra Judá, a atitude do rei Acaz não foi agradável ao Senhor. Ao invés de pedir socorro a Deus, ele buscou socorro no homem, enviando mensageiros ao rei da Assíria. (Importante esclarecer que Síria e Assíria eram nações diferentes).
Acaz buscou aliança com o rei da Assíria: “E Acaz enviou mensageiros a Tiglate-Pileser, rei da Assíria, dizendo: Eu sou teu servo e teu filho; sobe, e livra-me das mãos do rei da Síria, e das mãos do rei de Israel, que se levantam contra mim.” 2 Reis 16:7.
Acaz achou que a única forma de vencer aquela guerra era se unindo ao rei da Assíria. E tomou Acaz a prata e o ouro que se achou na casa do Senhor, e nos tesouros da casa do rei, e mandou um presente ao rei da Assíria (2 Reis 16:8). Com esta triste atitude, Acaz negou ao Deus de Israel, profanando as coisas sagradas.
O rei da Assíria atendeu ao chamado de Acaz, combateu e venceu aqueles reis. Então o rei Acaz foi até Damasco a encontrar-se com o rei da Assíria. Ao ver o altar de Damasco, o rei Acaz enviou ao sacerdote Urias o seu desenho e modelo, para que ele fizesse um altar igual. O Sacerdote Urias, que era responsável por zelar pelas coisas sagradas, não quis desagradar o rei e fez tudo conforme lhe foi ordenado.
O altar do templo era onde o cordeiro, o animal era sacrificado ao Senhor. Sem o altar do sacrifício, o culto não seria aceito diante de Deus. Este sempre foi o propósito do inimigo, impedir a nossa comunhão com Deus.
As atitudes do sacerdote Urias foram as mesmas de Eliasibe. Eles profanaram o altar, o culto ao Senhor. Urias tirou o altar do sacrifício e colocou um altar profano e Eliasibe retirou os objetos do culto: as ofertas de manjares, o incenso, os utensílios do templo, os dízimos de grãos, o mosto... E no lugar das coisas sagradas colocou os móveis de Tobias, inimigo de Israel.
Urias e Eliasibe receberam o chamado para serem sacerdotes. Eles deveriam zelar pelo culto ao Senhor, mas se deixaram influenciar e trocaram o projeto de Deus. Olharam seus interesses e preferiram agradar o homem a agradar a Deus. Quantos convites temos recebido para deixarmos o que Deus tem estabelecido para as nossas vidas: “Para que ir ao culto todos os dias?”, “Não há necessidade consultar ao Senhor”, “Madrugar e jejuar são coisas do passado”. Mas o nosso Deus não muda, a Sua palavra permanece eterna: “Porque eu, o Senhor, não mudo.” Ml 3:6.
Assim como o rei Acaz, que havia negado a Deus, enviou um novo projeto de altar para Urias, muitos têm deixado a Obra e negado as doutrinas, o clamor pelo sangue de Jesus, a consulta a palavra, os dons espirituais e querem trazer para o nosso meio essas más influências.
Hoje o Senhor nos desperta a vigiar para não agirmos assim. É necessário temor e discernimento. Não podemos desvalorizar, substituir o altar do Senhor, ou seja, o clamor pelo sangue de Jesus, a operação do Espírito Santo, a salvação, a nova vida em santificação.
Neemias agiu diferente do rei Acaz. Quando as lutas vieram, Acaz negou a Deus e buscou socorro no homem.Neemias, mesmo diante de todas as oposições que se levantaram, nunca negou a Deus, nunca parou o projeto. Ele orava e buscava a Deus em todo o tempo. Sua vida era de temor e discernimento, entendendo e se desviando das astutas ciladas do adversário contra o projeto de restauração de Jerusalém. Glória a Deus! Precisamos ser como Neemias.
CONCLUSÃO
Somos templo do Espírito Santo, substituir o altar é negar o sacrifício de Jesus, a Sua morte e ressurreição. Sem o altar, a nossa oração, o nosso louvor, o nosso culto não chegam a Deus. O inimigo tenta, sem cessar, tirar de nós esta comunhão com o Senhor, por isto é necessário vigilância, temor e discernimento, para que não sejamos enganados.
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